top of page

Pacientes relatam efeitos colaterais graves de medicamentos para síndrome das pernas inquietas

  • Foto do escritor: renato cordova
    renato cordova
  • 17 de mar.
  • 2 min de leitura

Pacientes relatam efeitos colaterais graves de medicamentos para síndrome das pernas inquietas

Pacientes que tomaram medicamentos agonistas da dopamina, prescritos para tratar a síndrome das pernas inquietas (SPI), afirmam que não foram alertados sobre os graves efeitos colaterais, que incluíram comportamentos sexuais de risco, compulsão por jogos e compras. Vinte mulheres relataram à BBC que esses medicamentos arruinaram suas vidas, levando a situações de risco e dívidas significativas.

O que são agonistas da dopamina?

Esses medicamentos, como o Ropinirol, são usados para tratar distúrbios de movimento, como a SPI e o Parkinson. Eles imitam a dopamina, um neurotransmissor que regula o movimento e o prazer. No entanto, podem superestimular o sistema de recompensa do cérebro, levando a comportamentos impulsivos e compulsivos.

Efeitos colaterais relatados

Pacientes descreveram impulsos sexuais incontroláveis, compulsão por jogos de azar e compras, além de outros comportamentos de risco. Uma mulher acumulou dívidas de mais de R$ 1,1 milhão em apostas, enquanto outra relatou sair de casa à noite em busca de sexo, colocando-se em situações perigosas.

Falta de alertas adequados

Embora a bula dos medicamentos mencione o aumento da libido e comportamentos compulsivos, muitas pacientes afirmam que não foram informadas sobre a gravidade desses efeitos. Um relatório interno da GSK, fabricante do Ropinirol, de 2003, já indicava uma ligação entre o medicamento e comportamentos sexuais "fora dos padrões", mas essa informação não foi destacada para os pacientes.

Impacto devastador

As pacientes relatam que os efeitos colaterais não só afetaram suas vidas pessoais e financeiras, mas também pioraram a SPI, levando ao aumento das dosagens e à intensificação dos comportamentos compulsivos. Algumas mulheres só perceberam a conexão entre os medicamentos e seus comportamentos anos depois de começarem o tratamento.

Reações das autoridades e fabricantes

A GSK afirmou que o Ropinirol passou por extensos testes clínicos e que os efeitos colaterais estão claramente indicados na bula. A agência reguladora britânica (MHRA) destacou a importância de os profissionais de saúde explicarem os riscos aos pacientes, mas reconheceu que nem todos os efeitos colaterais são especificamente mencionados.

Conclusão

Os casos destacam a necessidade de maior transparência e comunicação sobre os riscos associados a medicamentos agonistas da dopamina. Enquanto esses remédios são eficazes para muitos pacientes, os efeitos colaterais graves podem ter um impacto devastador, especialmente quando não são devidamente explicados ou monitorados.


Comentários


bottom of page