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Onde invertir agora?

  • Foto do escritor: renato cordova
    renato cordova
  • 21 de mar.
  • 2 min de leitura

Analistas avaliam que o fim do ciclo de aperto monetário está próximo. Entenda o que fazer com sua carteira nesse cenário.



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O Comitê de Política Monetária (Copom) confirmou as expectativas do mercado e elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano. No entanto, o grande destaque foi o comunicado da decisão, que indicou uma possível desaceleração no ritmo de alta na próxima reunião, em maio. O Copom sinalizou que a próxima alta pode ser de 0,25, 0,50 ou 0,75 ponto percentual, sem dar indicações claras sobre as reuniões seguintes. Mas o que isso significa para o cenário econômico atual – e como você deve ajustar seus investimentos?

O que o comunicado do Copom revela?

Mônica Araújo, estrategista de Renda Variável da InvestSmart XP, avalia que o tom do comunicado foi realista e comprometido com o controle da inflação, que permanece desancorada. Ela destaca que o Copom busca ganhar a confiança do mercado, o que é positivo.

“É natural que o ciclo de alta não pare abruptamente. Acreditamos que a Selic pode parar um pouco acima de 15%”, afirma Araújo. Ela ressalta que o tom mais firme do comunicado reduz a necessidade de taxas mais altas, como 16% ou 17%, a menos que haja mudanças significativas na política fiscal.

Raphael Vieira, co-head de Investimentos da Arton Advisors, concorda que o ciclo de alta da Selic está próximo do fim. “Do ponto de vista de estratégia de alocação, não muda muito se a taxa terminal for 14,75% ou 15,25%”, diz ele.

O que fazer com seus investimentos?

Com maior previsibilidade sobre o fim do ciclo de alta da Selic, os investidores podem considerar ajustes em suas carteiras. Mônica Araújo sugere buscar ativos de renda fixa com prazos mais longos, de três a cinco anos, tanto em títulos pós-fixados quanto atrelados à inflação.

“Ainda veremos inflação em níveis elevados, e os títulos atrelados ao IPCA estão com taxas que remuneram bem”, explica Araújo.

IPCA+ ou pós-fixados?

Raphael Vieira observa que, recentemente, o CDI tem oferecido retornos melhores que o Tesouro IPCA+, mas historicamente essa não é a tendência. “Temos expectativas positivas com o nível de juros reais, então estamos nos posicionando em títulos atrelados à inflação com duration de cinco anos”, afirma.

Ele recomenda um mix entre inflação e CDI, dependendo do prazo:

  • Para prazos mais curtos (até três anos), prefira títulos pós-fixados.

  • Para prazos mais longos (em torno de cinco anos), opte por títulos atrelados ao IPCA+.

Conclusão

Com o ciclo de alta da Selic próximo do fim, os investidores têm a oportunidade de ajustar suas carteiras para aproveitar as condições atuais do mercado. A diversificação entre títulos pós-fixados e atrelados à inflação, com prazos mais longos, pode ser uma estratégia eficaz para proteger e potencializar os retornos dos investimentos.

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