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Não vai descer, não vai descer!

  • Foto do escritor: renato cordova
    renato cordova
  • 19 de mar.
  • 2 min de leitura

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve anunciar nesta quarta-feira, 19, mais um aumento de 1 ponto percentual (p.p.) na taxa Selic, elevando-a para 14,25%, o maior patamar desde 2016. A decisão reflete o esforço contínuo do BC para conter a inflação, que ainda mostra sinais de desancoragem das expectativas.

Expectativas do mercado:

  • Reach Capital: Projeta uma Selic em 15% no fim do ciclo, com altas de 1 p.p., 0,50 p.p. e 0,25 p.p. nas próximas reuniões.

  • Warren: Espera que o Copom sinalize uma redução no ritmo de altas, com a Selic terminando o ciclo em 14,75%.

  • XP: Prevê uma Selic em 15,50% em junho, após aumentos de 1 p.p., 0,75 p.p. e 0,50 p.p. nas próximas três reuniões.

  • Itaú: Acredita que o Copom manterá um tom cauteloso, sinalizando pelo menos mais um ajuste menor na reunião de maio.

Fatores que influenciam a decisão:

  1. Inflação: As expectativas de inflação continuam em trajetória de alta, com sinais de desancoragem. O BC deve manter um balanço de riscos assimétrico para cima.

  2. Atividade econômica: Indicadores recentes mostram desaceleração, mas sem sinais claros de recessão. O crédito consignado privado e uma safra agrícola forte devem evitar uma contração mais acentuada.

  3. Câmbio: O dólar em queda, cotado em torno de R5,66


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Comunicação do Copom:

  • O mercado espera que o BC destaque a desaceleração da atividade econômica e o ambiente global "desafiador".

  • O comunicado deve sinalizar uma redução no ritmo de ajuste da Selic, refletindo o estágio avançado do ciclo de aperto monetário.

Riscos e desafios:

  • Inflação: A persistência de pressões inflacionárias, especialmente nos preços ao produtor e ao consumidor, exige cautela.

  • Atividade econômica: Projeções para o PIB em 2025 e 2026 foram revisadas para baixo, para 1,99% e 1,6%, respectivamente, indicando um cenário de crescimento modesto.

  • Incertezas globais: A política econômica dos EUA sob o governo Trump 2.0 e seus impactos na economia global são fatores de atenção.

Conclusão:

A decisão do Copom nesta quarta-feira deve reforçar o compromisso do BC com o controle da inflação, mas com sinais de que o ciclo de altas de juros está próximo do fim. A comunicação do BC será crucial para orientar as expectativas do mercado e evitar riscos de desancoragem das expectativas inflacionárias.


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