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Natura despenca mais de 25% após 4º trimestre, maior queda da história: o que deu errado?

  • Foto do escritor: renato cordova
    renato cordova
  • 14 de mar.
  • 2 min de leitura


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A Natura (NTCO3) viveu um dia turbulento na Bolsa de Valores após divulgar seus resultados do quarto trimestre de 2024, que ficaram abaixo das expectativas do mercado. O desempenho operacional decepcionante, aliado ao aumento nas despesas, fez as ações da empresa despencarem 27,51%, chegando a R9,83porac\ca~o,omenorpatamardesdejaneirode2023.Essaquedarepresentaumaperdade∗∗R9,83porac\c​a~o,omenorpatamardesdejaneirode2023.Essaquedarepresentaumaperdade∗∗R 5,4 bilhões** em valor de mercado e, se confirmada no fechamento, será o maior tombo percentual em um dia na história da companhia.

O que frustrou o mercado?

O principal fator por trás do desempenho negativo foi o aumento nas despesas, especialmente com investimentos em tecnologia da informação (TI) e sistemas, que foram capitalizados no passado. Apesar de a receita líquida ter atendido às expectativas, o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou 35% abaixo das previsões, impactando diretamente a confiança dos investidores.

Além disso, a empresa enfrentou desafios com a reincorporação da Avon International e os esforços para integrar as operações na América Latina. Esses ajustes continuam a limitar a visibilidade sobre a geração de fluxo de caixa (FCF) e a lucratividade da empresa.

Destaques dos resultados:

  • Ebitda ajustado: Abaixo das expectativas, com impacto significativo das despesas operacionais.

  • Lucro por ação: Ajustado em R0,17,revertendoasperdasdeR0,17,revertendoasperdasdeR 0,37 do ano anterior, mas abaixo do consenso de R$ 0,24.

  • Dívida líquida: Chegou a R$ 3 bilhões, com uma relação dívida líquida/Ebitda de 2 vezes, acima do alvo de 1,5 vez da empresa.

O que dizem os analistas?

  • JPMorgan: Apesar do desempenho decepcionante, reiterou a recomendação de compra para as ações da Natura, com preço-alvo de R$ 21. O banco destacou que as ações estão negociadas a múltiplos atrativos (12x e 11x P/L ajustado para 2025 e 2026).

  • Bradesco BBI: Esperava uma reação negativa devido à decepção com as margens brutas e o Ebitda ajustado. O banco destacou que os resultados foram afetados por itens não recorrentes, como os ajustes relacionados ao processo de Chapter 11 da Avon Internacional e os custos de integração das operações.

Desafios futuros:

A Natura enfrenta um cenário desafiador para 2025, com a necessidade de melhorar sua lucratividade e resolver questões relacionadas à Avon Internacional. A persistência de margens brutas mais fracas e despesas operacionais mais altas pode levar a revisões nas estimativas de curto prazo.

Conclusão:

Apesar do tombo histórico, a Natura ainda tem potencial para se recuperar, especialmente com o bom desempenho das vendas da Natura Brasil. No entanto, a empresa precisará demonstrar progressos significativos na integração das operações e na gestão de custos para reconquistar a confiança dos investidores.

 
 
 

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