Bloodborne completa 10 anos: relembre as histórias e teorias mais sombrias do jogo

Neste 24 de março, Bloodborne (2015), da FromSoftware, completa uma década de existência. O jogo marcou a comunidade ao abandonar o estilo medieval de Dark Souls e mergulhar em um universo gótico e lovecraftiano, repleto de mistérios e horror cósmico.

Assim como outros títulos da desenvolvedora, Bloodborne conta sua história de forma fragmentada, deixando os jogadores interpretarem suas narrativas por meio de descrições de itens, diálogos enigmáticos e ambientação sombria. Para celebrar os 10 anos do jogo, revisitamos algumas das histórias e teorias mais perturbadoras de Yharnam.

(Atenção: este texto contém spoilers e interpretações baseadas em teorias da comunidade.)

1. A tragédia do Padre Gascoigne e sua família

Um dos primeiros chefes desafiadores do jogo, o Padre Gascoigne, guarda uma história trágica. Ele era um caçador que, ao usar excessivamente o Sangue Antigo, perdeu gradualmente a sanidade — e até o reconhecimento de sua própria família.

Sua esposa, Viola, tentou ajudá-lo com uma caixinha de música, cuja melodia o acalmava. Porém, em um descuido, Gascoigne esqueceu o objeto antes de sair para caçar e sucumbiu à loucura.

No jogo, o jogador encontra a filha mais nova do padre, que entrega a caixinha (útil na batalha contra ele). Após derrotar Gascoigne, é possível encontrar o cadáver de Viola — morta pelo próprio marido. A tragédia se completa quando a garota, ao descobrir a verdade, tenta fugir e morre, seguida pela irmã mais velha, que também enlouquece.

2. O tormento de Lady Maria

Presente na DLC The Old Hunters, Lady Maria foi uma das discípulas de Gehrman, o Primeiro Caçador. Sua história está ligada ao massacre da Aldeia de Pescadores, onde ela e Gehrman exterminaram não apenas monstros, mas também humanos em degeneração.

Traumatizada, Maria abandonou sua espada, a Rakuyo, e se suicidou na Torre do Relógio Astral. No jogo, o jogador a enfrenta como uma alma atormentada, ainda sentada em sua cadeira, antes de despertar para uma luta frenética.

3. Ludwig e a Lâmina Sagrada

Ludwig, o primeiro caçador da Igreja da Cura, era um guerreiro nobre até encontrar a Lâmina Sagrada. Embriagado por seu poder, ele se transformou em um monstro horrendo, habitando poças de sangue.

Na batalha contra ele, Ludwig inicialmente ataca como uma fera, mas, ao ser enfraquecido, recupera brevemente a razão e empunha sua espada novamente — um dos momentos mais épicos do jogo.

4. Yharnam, a Rainha Pthumeriana, e o bebê Mergo

A cidade de Yharnam leva o nome da Rainha Pthumeriana, que foi escolhida por uma entidade cósmica para gerar um "herdeiro". No entanto, seu bebê, Mergo, nunca nasceu — seu choro ecoa em uma das lutas mais simbólicas do jogo, contra a Ama-de-leite de Mergo.

Em dungeons opcionais, é possível enfrentar a própria Rainha Yharnam, ainda com marcas de gravidez. Derrotá-la revela a Pedra de Yharnam, que sugere ser o feto preservado da criança perdida.

5. A meretriz Arianna e seu "filho" abominável

Arianna, uma meretriz que o jogador pode ajudar, oferece seu sangue medicinal — revelando ter a mesma linhagem da Rainha Pthumeriana. No final do jogo, ela desaparece, deixando um rastro de sangue que leva a uma cena perturbadora:

Ela está grávida de uma criatura cósmica, chorando enquanto espera a morte. Seu destino é um dos mais sombrios do jogo, mostrando a corrupção inevitável causada pelo Sangue Antigo.

Bloodborne hoje

Uma década depois, Bloodborne continua sendo um dos jogos mais aclamados da FromSoftware, com uma narrativa rica, design de mundo imersivo e gameplay desafiadora. Seu legado permanece vivo na comunidade, que ainda descobre novos segredos e teorias.

O jogo está disponível exclusivamente para PlayStation 4, mas muitos fãs ainda esperam por uma remasterização ou sequência.

E você, qual é a história ou teoria mais marcante de Bloodborne para você?